Criado por : Pierre Benoit (1886-1962)

A historia:

A ação acontece em 1896 no Sahara Francês. O oficial André de Saint-Avit recebeu a incumbência de investigar o misterioso desaparecimento de outros oficiais e exploradores no deserto. Durante uma de suas missões no deserto, Saint-Avit e seu companheiro o monge trapista e oficial Jean Morhange salvam a vida de um guerreiro Targui de nome Cegheir-ben-Cheikh, que é secretamente, o representante da Rainha Antinea. Os dois são drogados e acordam em Atlantis - um palacio real escondido dentro de uma montanha, com uma bela vista para um oásis, cercado de uma cadeia de montanhas inacessíveis chamado Hoggar.

A Rainha Antinea é neta de Netuno e Clito, os últimos Reis de Atlantis, e através de Cleópatra Selene, também descendentes dos Ptolemies, uma dinastia Macedônia que reinaram no Egito.

Antinea mantém um mausoléu subterrâneo de mármore vermelho com 120 alcovas, ou nichos, esculpidos na parede e - até o momento 53 estão preenchidos com os corpos numerados de seus ex-amantes, os soldados e os exploradores perdidos. Os corpos foram preservados para sempre pela imersão em um banho metálico de sulfato de oricálcio, o famoso e lendário metal dos Atlantis. No centro do local está um trono de oricalcio onde Antinea eventualmente irá reinar pelo resto da eternidade quando tiver preenchido todos os nichos. Saint-Avit sucumbe ao feitiço e o charme de Antinea, mas Morhange a resiste. Antinea, rejeitada, incita Saint Avit a matar Morhange com um martelo de prata, que assim o faz.

Quando Saint-Avit descobre o corpo de su amigo, agora número 54 no salão de mármore dos nichos, ele recupera sua razão. Com a ajuda do escravo negro de Antinea, Tanit-Zerga, ele escapa . Antinea morre no deserto, mas Saint-Avit é salvo.

 

 

 

A Controversia Haggard-Benoit :

O livro de Pierre Benoit "L'Atlantide" foi publicado na França em Fevereiro de 1919. Foi a segunda novela de Benoit, após seu bem sucedido romance "Koenigsmark". "L'Atlantide" ganhou o Grande Premio da Academia Francesa de Letras e foi traduzido para mais de 15 idiomas e vendeu mais de dois milhões de cópias no seu lançamento naquele ano.

Em Outubro de 1919, um artigo de Henry Magden publicado numa revista literária trimestral acusou Benoit de ter plagiado a obra de H. Rider Haggard She (1887). Benoit decidiu processá-lo. Nos meses que se seguiram, muita controvérsia literária apareceu, nos dois lados do canal (Magden e Haggard eram ingleses). A maior parte das criticas era cheia de chauvinismo, mas com pouco conteúdo acadêmico de pesquisa. Benoit eventualmente perdeu seu processo no ano seguinte, devido a uma semelhança superficial entre os dois trabalhos e a interpretação dos juizes da lei que rege o assunto.

Deste então, os estudiosos de Haggard têm implementado a idéia de que Benoit também poderia ter plagiado uma novela de Haggard menos conhecida, "The Yellow God: An Idol of Africa" (1908), "O Deus amarelo: Um Ídolo da África", uma aventura fantasiosa que acontece na África e na Inglaterra, que inclui uma máscara mágica e outros fetiches estranhos, uma raça extinta, reincarnação e um tipo de vampirismo praticado por uma mulher cujos maridos ela preservava como múmias.

Mesmo que estas teses ainda sejam amplamente propagadas nos estudiosos da Atlântida (sob suas várias encarnações), na verdade dos fatos é menos convincente. A caso "contra" (de Benoit), é o seguinte:

O pai de Benoit, ou a pesquisa que ele realizou, o informou do famoso caso dos dois tenentes franceses, Quiquerez e Segonzac, que partiram numa missão no deserto, da qual somente Quiquerez retornou, sob circunstâncias suspeitas. Teria ele matado seu colega? Teriam sido eles emboscados? Teria Quiquerez abandonado seu companheiro? A verdade nunca foi descoberta. Benoit também sabia da infeliz expedição de 1880 de Flatters nos montes Hoggar que havia sido massacrada pelos nativos.

Finalmente, a pesquisa histórica informou Benoit da existência da lendária Rainha Tuareg Tin Himan, do quarto século AD, que proclamava ser descendente de Cleópatra Selene, a filha de Cleópatra e Marco Antonio.

Tudo isto poderia ser perfeitamente ser o fundamento sobre o qual "L'Atlantide" fora construída, e nada disto tem semelhança com a obra de Haggard"She" ou "The Yellow God".

Qualquer pessoa que ler os três romances discutidos logo perceberá que existe de fato algumas similaridades reais que vão além da superficie, sendo verdadeiramente temáticas. Diferentemente de Ayesha (de "She"), Antinea é cheia de orgulho e não tem o menor sentido de consciência ou decência: ela devora homens no café da manhã e usa sua influência para impelir Saint-Avit a matar seu amigo. Antinea é uma esfinge feminina, uma fúria vingadora, um vampiro no melhor estilo, uma "femme fatale" em última análise. Ainda diferentemente de Ayesha, Antinea vive no luxo, cercada de serviçais e tudo que o mundo moderno lhe pode oferecer.ELA não é como Ayesha, vítima dos deuses,ELA é uma deusa. É interessante se observar que H.P. Lovecraft escreveu a Clark Ashton Smith (H.P. Lovecraft, Selected Letters II.298, 1 October 1927): " 'A Atlantida' de Pierre Benoit, tem um estilo excelente, mas é mais aventuresca do que fantástica, e (Benoit) está despreocupado de indicar qualquer similaridade imaginada ou real com h Haggard, o que ele teria feito, se ele sentisse que o justificasse."

Haggard permaneceu intencionalmente silencioso durante o processo. Depois que a 1a. guerra terminou, um editor francês decidiu publicar uma nova edição de "She" pela primeira vez no formato de livro, em 1920, que foi prefaciado por Benoit de maneira informativa e cortês, desejando a Haggard muito sucesso.

Para ler mais sobre Atlântida, vá até o site da Violet Books que contem bastante informação sobre Haggard e romances sobre raças extintas.

Observação: As ilustrações em branco e preto (que são o fundo neste site) são do artista Francês Almery Lobel-Riche. É possível comprar reproduções pressionado aqui.

 

 

Os Filmes:

1

1 - L'Atlantide (B&W., 3 h 15 min min., 1921) Dir/Wri: Jacques Feyder. Cast: Stacia Napierkowska (Antinéa), Jean Angelo (Morhange), Georges Melchior (Saint-Avit), Marie-Louise Irib

2. L'Atlantide (a.k.a. The Mistress of Atlantis and Die Herrin von Atlantis)
(B&W., 110 min., 1932)
Dir: Georg Wilhelm Pabst.
Wri: Ladislao Vajda, Hermann Oberlander, Alexandre Arnoux, Jacques Deval.
Cast: Brigitte Helm (Antinéa), Jean Angelo / Gustav Diessl / Gibb McLaughlin (Morhange), Pierre Blanchar / Heinz
Klinhenberg / John Stuart (Saint-Avit).

3. Siren of Atlantis
(B&W., 75 min., 1949)
Dir: Gregg G. Tallas (Arthur Dewitt Ripley & John Brahm).
Wri: Rowland Leigh, Robert Lax, Arthur Ripley, Thomas Job, Douglas Sirk.
Cast: Maria Montez (Antinéa), Dennis O'Keefe (Morhange), Jean-Pierre Aumont (Saint-Avit).

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4. Toto Sceicco
(Italy, 1950)
Dir: Mario Mattoli.
Wri: Vittorio Metz, Marchello Marchesi, Agenore Incrocci, Furio Scarpelli.
Note: Tamara Lees plays Antinea to comic Antonio Sapore in this Italian comedy spoofing Foreign Legion and other Saharan clichés.

5. Desert Legion
(USA, 1953)
Dir: Joseph Pevney.
Wri: Irving Wallace, Lewis Meltzer.

6. Antinea - L'Amante della Citta Sepolta (a.k.a. City Beneath the Desert and Lost Kingdom)
(B&W., 110 min., 1961)
Dir: Edgar G. Ulmer, Giuseppe Masini.
Wri: Edgar G. Ulmer, Edmond Gréville, Ugo Liberatore, André Tabet, Remigio Del Grosso, Amadeo Nazzari.
Cast: Haya Harareet (Antinéa), Rad Fulton (Robert / Morhange), Jean-Louis Trintignant (Pierre / Saint-Avit).

7. L'Atlantide
(telefilm, ORTF 2, Col., 120 min., 24 February 1972) Dir: Jean Kerchbron. Wri: Jean Kerchbron, Armand Lanoux. Cast: Ludmilla Tcherina (Antinea), Jacques Berthier (Morhange), Denis Manuel (Saint-Avit).

O Autor

Pierre Benoit nasceu em Albi, em 16 de Julho de 1886. Seu pai estava no exército Francês. Depois de passar sua juventude servindo o exercito no Norte da África, Benoit se tornou um funcionário público. Ele publicou sua primeira novela, "Koenigsmark" em 1918. "L'Atlantide" seguiu-se no ano seguinte e lhe permitiu ganhar o Grande Prêmio da Academia Francesa de Letras. Suas novelas são coloridas, cheia de aventuras exóticas, celebrando frequentemente mulheres. Suas heroíinas tinham seus nomes sempre começando com a letra "A" . Benoit se tornou membro da Academia Francesa de Letras em 1931. Ele morreu em 3 de Março de 1962.

 

Capas de Livros:

Retratos daquela-que-tem-que-ser-obedecida

1-Ayesha Um Clássico da Target:
Ayesha é mostrada como uma exótica rainha de gelo nesta edição "brochura" de 1986, editada em Londres. Na contra capa, o anúncio diz: "Passando além das fronteiras do Tibet em terras desconhecidas, ao longo dos vastos e mortais desertos e através da neve eterna, os viandantes sem destino Leo Vincey & Horace Holly, indo atrás de uma lenda - a fabulosa Ayesha, Aquela-Que-Tem-Que-Ser-Obedecida."

"Ayesha viveu séculos e viveria novamente, pois não podia morrer. E, quando Leo & Horace entram em seus obscuros domÍnios, eles mergulham num mundo de perigo e aventura e mágica muito antiga, de antes do amanhecer dos tempos".

2- Ayesha O Retorno de She:

Ah, porém existe a imagem clássica de Ayesha que a editora Ward Lock, de Londres, usou por duas décadas. Parecendo flutuar numa chama, em um cenário iluminado pela lua, tem uma qualidade etérea que sugere poderes angelicais e que disfarçam suas paixões demoníacas. O texto na orelha interna diz:

"O falecido Sir H. Rider Haggard era um mestre na arte de contar historias. Em Ayesha, o Retorno deELA ,ele escreveu um dos seus maiores romances, cheio de mistério e de aventuras. Poucos escritores tem manuseado o temo da filosofia sobrenatural com um toque tão seguro e convincente, com o resultado de que um livro como este não somente prende a atenção do leitor, da primeira à última página, mas pelo simples poder da narrativa, que desperta seu interesse muito além da história que está sendo contada."

3- A edição clássica de 1967 da Editora Airmont, em brochura, é uma primeira edição que reproduzimos aqui, pela gentileza dos filhos de Don Wolheim, que prefaciou uma nova introdução ao livro. A foto da capa está um pouco caricaturada, mas misteriosa porém. Na contra capa lemos, que foi escrito com muito bom gosto:

" 'Meu império é o da imaginação' diz a deusa da cidade perdida de Kor em um ponto nesta história em ao dizer isto,ELA sumariza os elementos básicos que têm fascinado três gerações de leitores do romance de H. Rider Haggard She -ELA. PoisELA é um clássico da imaginação, um marco e uma pedra angular para todo o gênero de novelas fantásticas que outros escreveram e ainda escrevem. Este gênero é o das terras perdidas, raças perdidas e as maravilhas que estão além da próxima montanha ou além do oceano mais longínquo."

4-Muitos artistas viram Ayesha como um filme de uma atriz tipo B, ao invés de uma deusa severa, bela e intimidadora. Talvez tenha sido isto que tenha ispirado o idiota que desenhou a capa desta edição de 1980 da editora Corgi, em Londres. O anúncio da contra capa foi um pouco mais inspirado, em seu floreio:

"Três homens numa jornada perigosa, procurando uma lenda viva. Uma jornada que os levou através de altas montanhas, cavernas perdidas, imensos pântanos, nas profundezas do coração de uma África inexplorada. Lá, no ventre da Terra, eles tiveram uma das mais extraordinárias experiencias que um ser humano mortal poderia ter. Pois ninguém que olhasse diretamente na face de ELA poderia permanecer imutável.."

Ela que tinha o poder sobre as coisas vivas e mortas....

ELA que mantinha aceso o Pilar da Vida...

ELA-QUE-TINHA-QUE-SER-OBEDECIDA!

5-Ayesha Brochura:

Normalmente quando um ilustrador não consegue capturar nada Daquela-Que-Tem-QueSer-Obedecida, é por confundí-la com alguma deusa de pornografia leve ou algum personagem de filme tipo B. Porém, Ayesha, como uma amazona genérica de espada e magia, igualmente confunde o personagem! Ainda assim é bom que algumas linhas de publicação ofereceram algumas novelas antigas sobre raças perdidas em brochura. Talvez a imagem desta edição de 1999 venha a conseguir a atenção de um publico juvenil acostumado com heroinas peitudas que se exibem meio nuas brandindo suas espadas. A garotada tem que começar a ler livros de verdade!

6-A Regnery Publishing's Gateway Movie Classics Series tem oferecido "filmes conjugados", incluindo as Minas do Rei Salomão.

A versão de 1935 de ELA teve como estrela a grande atriz Helen Gahahan que verdadeiramente capturou o mistério e o poder de Ayesha. Este poderoso papel que Helen Gahahan desempenhou foi seu único filme maior, visto que se tornou logo após Senadora do Congresso Norte Americano! O papel de Leo Vincey foi de Randolph Scott. Podemos encontrar toda a filmografia de H.Rider Haggard junto com outros filmes que se basearam em seus trabalhos.

7-Esta é a edição da Editora Hodder & Stoughton, em sua edição "Yellow Jacket" (circa 1950) mostrando Ayesha diante de seu trono, com uma imagem simples, elegante de beleza e poder. Estas edições eram accessíveis para as massas e o texto em linguajar simples na orelha interna da capa é acintosamente simples e direto: "Existem três livros que fizeram todas as outras histórias de aventuras na África ananizadas. Todos êles são do autor Rider Haggard: As Minas do Rei Salomão,ELA e Allan Quatermain".

O texto na contra capa, igualmente redigido para a gente simples, chega a sugerir que o livro é um tipo de luta de amazonas numa arena de lama, com um homem excitado como prêmio para a vencedora.

"ELA é uma história do mais estranho triangulo amoroso jamais descrito. O homem neste triangulo é mortal. As mulheres são simbolos de emoções poderosamente opostas. Uma representa poder, paixão e beleza. A outra representa sobretudo o amor.. contributivo, construtivo, de fogo à beira da lareira, do lar. O conflito entre as duas mulheres é brilhante. A história é uma das maiores que Rider Haggard escreveu".

8-A versão filmada em 1965 foi estrelada por Ursula Andress em uma roupa dourada mostrada na capa da caixa do vídeo deste filme. Um anúncio emocional sobre o filme parece um pítulo de um seriado:

"Leo e seus dois companheiros estão atravessando o deserto e apesar das dificuldades eles encontram finalmente um vilarejo onde Leo descobre que os habitantes são escravos 'daquela-que-tem-que-ser-obedecida' . Finalmente ele é trazido diante de Ayesha e eles têm uma reunião alegre. Mas logo os três homens descobrem que o reino escondido de Ayesha não é o que parece. Que prazer que este filme é de ver. Grandes atuações e provavelmente o melhor papel que Ursula Andres jamais teve. A direção é soberba e o filme se desenrola sem problemas e mantendo a atenção do espectador sem esforço. John] Richardson está beme [Peter] Cushing também, mas quem rouba realmente a cena é Ursula Andress, cuja beleza simplemente fascina."

9-A King Video criou um pacote muito atraente ao distribuir esta versão em filme de ELA de 1935. Esta é de longe a melhor das versões filmadas da novela, tendo sido produzida por Merian C.Cooper, que também nos trouxe King Kong e que tem no papel título a grande atriz Helen Gahagan.

Este foi o único filme de Gahagan, mas dele podemos ver sua famosa presença no palco, que certamente não é um truque publicitário. Nenhuma outra personificação de ELA chegou mais próxima do poder e da autoridade emanados por esta atriz, elevando sua atuação num nível místico de desempenho que é essencial para a personagem de Ayesha. Este nível de atuação foi impossível de ser repetido por outra atriz posteriormente.

10-Quando a King Video incluiu o formato DVD no seu catálogo, eles não apenas copiaram o pacote em video cassette, mas introduziram um novo design, mostrando Helen Gahagan em uma de suas mais provocativas poses como Ayesha.

Helen Gahagan, nascida em 1900 no Brooklyn, em NY, parecia não estar interessada em uma carreira como atriz cinematográfica, porque amava o palco de teatro e era uma mãe devotada de três crianças, tendo sido esta a razão de ser o único filme que estrelou. Ainda bem para nós! Em 1944 um interesse paralelo na política a transformou em Senadora pelo partido Democrata. Ela serviu dois termos até que Richard Nixon a derrotou, tomando seu lugar.

11-A edição em brochura de 1999 de ELA & Allan tornou disponíveis neste formato um dos livros difíceis de serem encontrados sobre Ayesha. Infelizmente o mesmo ilustrador que a caricaturou como uma amazona feiticeira de espada e que já tinha estragado uma capa, desenhou novamente a capa desta edição, como se o artista não tivesse a menor noção do que o livro contém ou de quem Ayesha foi.

O fogo místico parece ter sido modelado com palitos de fósforos e espera-se que apenas uma deusa menor abaixe seu rosto para de acender um cigarro. Algo sobre a apresentação no seu total insinua que a historia é um tipo misto de fantasia e amor. Como existe um mercado para isto, talvez o design não prejudique as vendas, talvez até trabalhe como sub gênero. Ainda assim, é um retrato muito ruim de Ayesha, quando comparado como os próximos que apresentamos.

12-Uma garota e seu cavalinho: excitação para você. Pelo menos não figura nenhum unicórnio. Mas isto é um retrato de Ayesha ou um retrado de "Meu primeiro salão de beleza de bonecas" vendidos em lojas para meninas até 9 anos? Será que as brochuras estão tão mal de venda assim? Não sei, mas acho que capas assim não ajudam. Demonstra uma falta de ilustradores de capas qualificados ou intencionalmente o livro parece valer menos de 10 dólares.

Velhos romances sobre fantasia deveriam vender bem neste ramo de brochuras se não fossem empacotados como historias de amor para adolescentes de 8 a 12 anos. Esta capa é a vencedora do concurso de pior capa sobre o retrato de Ayesha de qualquer outra edição, o que é notável, dada a péssima qualidade observada.


13-A Imortal ELA é verdadeiramente imortal no sentido de que é facilmente adaptável para o ideal de beleza de cada geração. Esta edição da Editora Grosset & Dunlap, reimpressão de ELA, Uma História de Aventura, oferece uma personagem dos anos 20, numa imagem Busby Burkleyesca de Ayesha, dançando um compasso de jazz dentro de um fogo sagrado. Esta reedição utilizou o poster de um filme e não dá para ler, mas está lá,"A RKO Radio Production," que identifica uma impressão de 1935, sem referência ao filme, porém. Na orelha do livro se lê:"Ele era um belo e jovem Inglês. ELA era uma bela feiticeira. Eles se encontraram no coração da África...."

14-A brochura da Editora Lancer utiliza o poster onde mostra Ursula Andress no que foi talvez seu mais famoso papel no cinema. Na contra capa se lê:"Uma extraordinária fábula de ardentes aventuras e uma civilização perdida que acontece nos vastos desertos da África. Uma novela inesquecível de paixão que desafia as leis da natureza e do amor que venceu o templo. ELA, um dos romances mais populares jamais escritos, vendeu 83 milhões de cópias em 44 idiomas. É indispensável como leitura para todos os homens e mulheres, jovens e adultos. ELA foi um grande filme estrelando Ursula Andres e John Richardson."

15-Aquela Que Tem Que Ser Obedecida facilmente encontrou seu lugar nos romances tipo brochura, no cinema e mesmo nas historias em quadrinhos. Esta rara adaptação da Golden Age da historia de Rider foi editada em Janeiro de '950, Fast Fiction numero 3. Esta é a capa da primeira edição, com pinturas em pastel evocativas e motivadoras, cheia de arte. A historia em branco e preto foi reimpressa pela Fast Fiction Eclipse Classics em 1988.

16-A adaptação da Silver Age of Comics da história, sob o título "Ela, Uma História de Aventuras" faz o que a versão da Golden Age queria evitar: transforma Ayesha numa simples mulher peituda e bunduda de uma revista em quadrinhos sobre amazonas. Porém, tem algum mérito. É uma edição da Revista em quadrinhos Marvel Illustrated Classics no. 24, 1973.


17-John Norris da Editora Pretty Sinister Books enviou-me esta foto scaneada, junto com a observação: "Tenho uma pequena contribuição para sua galeria de ELA. Encontrei em um sebo no Texas em Abril último esta bela copia com a arte final que me lembra muito Margaret Brundage. O nome do artista está difícil de decifrar. Parece Maugham. Não é informado dentro do livro de quem é. Vem de uma destas edições da Dell Mapbacks (#339, publicada em 1949). Dentro existe um mapa das ruinas de Kor (vista aérea) na contra capa. Por uma razão inexplicável esta novela foi estupidamente re escrita por Don Ward para a Dell.

18-O filme de Ursula Andress foi sucesso no mundo inteiro. Este é o poster francês do filme que teve o título de "La Desse de Feu", com seus adoradores e o templo além dos ombros Daquela-Que - Tem Que - Ser - Obedecida.

19-A Editora Dover reeditou : "O Retorno de ELA" em 1978, e parece ter tirado o retrato de um ilustrador Vitoriano. Esta edição muito accessível oferece ao comprador que quer economizar um excelente pacote com as 47 lustrações originais de Maurice Greiffenhagen.

20- Parece que o pessoal da Editora Dover Publications gosta de extremos. Sua capa da edição em brochura foi de bom gosto, com exceção da apresentação de Ayesha como um ideal Pre Rafaelita. Mas a edição em capa dura apresentou esta estilização no formato Harlequim de Ayesha, completa com camisola rosa de noite e rouge suficiente para corar um prostíbulo por uma semana.


21-A caixa do videocassete de 1996 "Talking Books" de alguma maneira acabou com a foto de Ursula Andress, da versão cinematográfica na frente..

22-Este retrato de Ayesha foi a capa da Editora Hodder Sevenpenny em sua edição, provavelmente dos anos 1910. A voluptuosidade à la art nouveau a mostra flutuando sobre Chamas imortais. mas ao mesmo tempo sugere um momento de sensualidade entre lençóis.

23-Ao mesmo tempo em que verificamos velhos e clássicos retratos Daquela-Que-Tem-Que-Ser-Obedecida, porque não acrescentar duas imagens do grande ilustrador de Haggard, Maurice Greiffenhagen. Aqui aparece uma cena de clímax no fogo eterno.

24-Aqui está a capa do mesmo livro. Embora estas duas amostras de imagens tenham sido scaneadas de uma edição de 1894, a ilustração de Greiffenhagen já havia aparecido em 1888 na edição da Editora Longmans, intitulada de "ELA, Uma Historia de Aventuras". A primeira edição de 1887 não tem as ilustrações.

25-A versão da primeira edição ilustrada da Editora Fast Fiction de ELA já tinha sido mostrada na Parte IV da galeria de fotos de Ayesha. A que aqui vai foi editada em Janeiro de 1950, e é uma das melhores historias em quadrinhos jamais desenhados. A reimpressão de 1988 mostra mudanças totais na capa, mas permanece 100% fiel à elegância do original.

26-Aqui está a caixa de um videocassete de 1990 para a produção do Hammer Studio de 1968, chamada "Vengeance of She" (Vingança de ELA), uma sequela medíocre do clássico deste mesmo estúdio de 1964. No filme estrelou Olinka Berova como ELA, e foi mais ou menos baseado na Ayesha de Haggard. É uma pena que a caixa do vídeocassete não tenha usado alguma foto do filme, porém o filme realmente não é bom e eles mesmos assim o concluíiram e preferiram colocar um desenho esquematizado do que mais parece uma coelhinha da Play Boy para quem Indiana Jones teria emprestado seu chicote.

28-A Editora Sphere, de Londres, editou em brochura a novelização da Vingança de ELA em 1978, contratando um autor surpreendentemente bom, Peter Tremayne, que é o pseudônimo de Peter Bresford Ellis, que tinha verdadeiro respeito pelo material, e que também publicou no mesmo ano outra novela de H. Rider Haggard: A Voice from the Infinite - Uma Voz do Infinito.

29- Vejamos agora um bom truque! Na capa do CD que contém a trilha sonora deste filme, aparecem Ursula Andress, como apareceu em ELA em 1964, na companhia de Olinka Berova, como apareceu em in "The Vengeance of She (1968)" - A Vingança de Ela. Essencialmente Ayesha está na companhia de si mesma! Porque elas não se beijam? O CD contém uma hora da trilha sonora original de ambos filmes.

30-Aqui está a capa da caixa do videocassete que contém a versão silenciosa do filme de 1925 , com Betty Blythe no papel de ELA. Sobrevive ainda como uma produção em branco e preto de 77 minutos. e. Pelo fato de que os cartões de diálogo foram escritos pelo próprio Haggard este filme é visto como o mais fiel à sua novela. Embora a postura subserviente Daquela-Que-Tem-Que-Ser-Obedecida certamente não seja o caráter da novela.

31-No mesmo campo de Filmes Mudos, aqui está uma foto de estúdio da super-vamp Velaska Surratt, que certamente tinha a aparência perfeita para desempenhar Ayesha. O filme mudo de 1917, infelizmente, não sobreviveu até nossos dias. Alguns críticos contemporâneos disseram que ela tinha um clímax original, pois Ayesha, ao entrar nas chamas, transformava-se em um macaco.

32- Esta é uma foto de estúdio de outra beldade, com um perfil tão poderoso que também estava habilitada a desempenhar o papel. A versão de 1911 em dois rolos sobrevive e pode ser encontrada no mercado de vídeo. Esta atriz, Snow, já desempenhara em 19012 um papel num filme também baseado em uma novela de H.Rider Haggard com o mesmo nome.

33-Esta brochura em espanhol, foi editada na Argentina em 1975.