Ulysses chapter I Telemachus interpretation by Prof.Don Gifford

Prof Don Gifford, in his Ulysses Annotated follows a line of giving explanations in a Glossary built from the Ulysses text. We have in our text highlighted in red wors and expressions that should be found in his Glossary or have to be understood in another context.

Explanations using Don Gifford and others can be seen in:

Buck Mulligan

Epi oinopa ponton

 

Horario, Cena, Órgão, Arte, Cores, Símbolo, Técnica

Horario

O leitor, ou leitora de Ulysses, deve primeiramente internalizar uma série de condicionantes que Joyce impôs e que tudo indica ele quis omitir e para perceber, ha que se debruçar sobre tudo que está ali e pesquisar até fazer sentido. Os etudiosos que se arvoram em vencer este obstáculo frequentemente revelam sentimentos do tipo que Richard Ellmann aponta e que eu grifei em vermelho, One of the areas of Ulysses that has often been overlooked, however, is that of the various functions played by the passage of time and awareness of time in the novel, Aliás, o leitor ou leitora deve ler o artigo do qual extraio esta frase onde é feita uma discussão deste e de outros obstáculos. Ellmann apenas apontou o elemento do tempo em varios pontos da obra, mas não contribuiu tambem efetivamente para o que ele cue ele chama de the decipherment of obscurities. Se examinarmos as disponibilizações, uma delas, em forma de blog, chama a atenção pelo equívoco, o grau de confusão, o pedantismo e a falsa erudição, que isto gera e não especifico por razões óbvias no caso deste nosso trabalho ficar público.

Se você foi lá e está voltando, deixe de lado aquela Africa que o McLuhan faz com a questão do tempo na perspectiva medieval, que está lá porque não tem outo jeito e, para efeitos práticos, a meu ver, as noções que J.B.Priestley associadas com as que fiz para o filme "The Vow" são a melhor forma de encararar este artificio de Joyce, não só aqui, como em todo o livro.

Talvez para este primeiro capítulo a questão do tempo possa ser encerrada indicando que o leitor ou leitora deduz o horário pelas ações que se passam, um artificio notado por varios estudiosos.

Cena

Não ha muito que discutir, porém, este item não existia no esquema de Linatti e foi acrescentado no dado a Stewart/Gorman. Para ser honesto, a impressão que me ficou depois de digerir toneladas de informação é que Joyce ao sentir a reação da maioria das pessoas, que primeiramente achavam incompreensível, posteriormente obsceno, deve ter percebido que tinha que fazer alguma coisa para os leitores entenderem que as intenções dele eram sérias. E então revestiu a apresentação com estes esquemas, privilegiando o aspecto linguístico, que é coisa bem a gosto de intelectual. A verdadeira essência da obra, que é que ele criara um épico em moldes de eternidade, não consigo entender direito porque, ele escondeu.

Órgão

Outro aspecto com todo o jeito de "enfeite linguístico", já que é elemento de estudo neste sentido. Encontra-se pouco sobre isto e as considerações de Alice Rae e Charles Peake valem para este e todos os outros capítulos. Como se pode ver lá, segundo Peake, a razão de não haver órgaos relacionados com os três primeiros capítulos é porque se passa fora dos limites da cidade e relata a experiência de um jovem solitário.

Arte

Se formos à Encyclopaedia Britannica e procurarmos por Arte, a explicação nível Micropaedia, ou "Small Level", veremos:

Arte (do latim ars, significando técnica e/ou habilidade) pode ser entendida como a atividade humana ligada às manifestações de ordem estética ou comunicativa, realizada por meio de uma grande variedade de linguagens, tais como: arquitetura, escultura, pintura, escrita, música, dança e cinema, em suas variadas combinações. O processo criativo se dá a partir da percepção com o intuito de expressar emoções e idéias, objetivando um significado único e diferente para cada obra.

Para podermos trabalhar objetivamente e podermos atingir a "Interpretante Final", que terá que ser uma idéia completa, total e sobretudo, fiel, às idéias expostas por Joyce, ainda que ele o tenha feito de forma enigmática, beirando a misteriosa. Na impossibilidade de estabelecermos limites precisos, vamos ter que fazer um compromisso e traçar uma linha que é impossível ser reta e clara, ou, melhor dizendo, que pudesse originar um mapa preciso e detalhado. O que podemos fazer é saber que a terra é redonda, que existem continentes e mares, na terra andamos, no mar navegamos e no ar voamos. Ou seja, teremos um perfeito sistema de coordenadas, porem com um grau de imprecisão embutido que foi deliberadamente colocado neste mundo criado por Joyce. E no fundo, é seu maior charme...

E isto não vai atrapalhar em nada o nosso objetivo! Faço minhas as palavras de John Gross, critico do New York Times, que em 1954 abre sua crítica para talvez a mais respeitada análise dos esquemas de Joyce que se conhece, (talvez não hoje, mas com certeza em 1954) que é Ulysses on the Liffey, de Richard Ellmann:

Ninguém pode ignorar completamente os elementos de mito em "Ulysses", mas os leitores mais comuns, em oposição aos profissionais Joyceanos, estão, provavelmente, satisfeitos em aceitar o livro deforma bastante simples, como uma fatia de vida com ornamentos mitológicos. E não é de se admirar se eles procurarem orientação naquilo que parece ser o óbvio ponto de partida, o comentário quase oficial por Stuart Gilbert. Em meio à imensa literatura que tem crescido em torno do romance, a exposição de Gilbert destaca-se como uma espécie de constrangimento. Ele foi supervisionado, bem como autorizado pelo próprio Joyce; dadas as circunstâncias, mesmo o mais obstinado adversário da Falácia Internacional certamente hesitaria em deixá-lo de lado. No entanto, o que ele (Ellmann) revela não nos inspira e no seu todo, é sem inspiração: um plano-mestre mecânico, com cada episódio presidido por símbolos atribuídos como se fossem signos do zodíaco, e com as diversas analogias subjacentes - homérico, fisiológica, etcetera-- trabalhado em mínimos detalhes e, em muitas vezes, grotesco. Uma obra de referência indispensável, talvez, mas também uma interpretação de "Ulysses", que muitos admiradores se sentiriam muito aliviados em dispensarem, se puderem.

Com certeza, vamos conseguir localizar de forma muito precisa os "ornamentos mitológicos, os paralelos e a simetria com Homero, o que significou lá e o que significa aqui, a questão do "timing" não atrapalha em nada e, cena, órgão, arte, cores, símbolo, quando forem importantes ou essenciais para compreender alguma idéia que Joyce colocou lá, iremos indicar.

Técnica

O critério que usei de separar em dois tipos de técnica, uma linguística e outra sob as idéias de McLuhan.

Q. E. D.